Fechamento - Fevereiro 2016

E a bolsa segue com altíssima volatilidade, mas pelo menos a oscilação em fevereiro foi mais para cima que para baixo, acompanhando o movimento do final de janeiro. Infelizmente esta montanha russa não tem hora pra acabar, ou pelo menos não acredito que dê para prever.

O que deu para perceber no final de fevereiro foi um movimento puxado pelas empresas de commodities, como Vale, Petro e siderúrgicas, fazendo o índice ter boa performance e deixando as "mais defensivas" para trás.

Curiosamente um movimento semelhante aconteceu em 2013, conforme descrito neste post E aí, a bolsa já iniciou o movimento de retomada?. Na época a bolsa deu uma boa recuperada ... vamos ver o que acontece agora ...

Vamos aos resultados do mês.

Alocação: 100% em ações* 
Rentabilidade em Fevereiro/16: +1,63% (Ibovespa +5,91%)
Acumulado Anual 2016: -4,64% (Ibovespa -1,36%)
Acumulado Histórico Jan/12 - Fev/16: -17,76% (Ibovespa -25,0%)


*Tenho também alocação em renda fixa, mas a carteira com a rentabilidade gerenciada e compartilhada aqui no blog é apenas a carteira de ações, uma vez que o propósito principal do blog é o estudo de investimento no mercado de ações.


O aporte na renda variável foi médio, equivalente a 1,5 vezes o que aporto normalmente, ou cerca de quase 2% do valor da carteira de ações. O restante foi para o Tesouro Direto. Neste mês resolvi inovar e adquiri 10 títulos do NTN-F 2027 (pré-fixado com juros semestrais). O objetivo é travar uma rentabilidade de 15,9% pelos próximos 11 anos. 

Vejo como uma operação de maior risco que a NTN-B, mas também como uma oportunidade de ganho extra. Além disso o risco é parcialmente compensado pelos juros pagos semestralmente. Como é a primeira vez que faço operação com pré-fixado "puro" e também com títulos que pagam juros, vou acompanhar e postar aqui informações sobre a experiência.

Os aportes em ações foram para CIEL3, GRND3 e WEGE3, seguindo a metodologia de alocação de ativos e a categorização descrita no post de Dezembro/2015.

Veja como ficou a composição da carteira:

O destaque positivo entre as empresas da carteira foi NATU3 (+20,14%), VALE5 (+18,23%) e TIET11 (+12,34%). Já na ponta negativa ficaram as "defensivas" WEGE3 (-14,23%), PSSA3 (-9,71%) e CIEL3 (-8,74%). Posso estar errado, mas me passa a impressão que swing-traders estariam se desfazendo das defensivas para montar posição nas cíclicas que são as que vinham sofrendo mais nos últimos meses, prevendo uma possível melhora no cenário econômico. É puro chute, mas me parece que pelo menos tem uma lógica.

Me chama a atenção também a boa recuperação da Natura, empresa que vem apanhando nos últimos anos graças ao fraco desempenho impactada pela crise econômica. Eu já comentei aqui e comento todos os trimestres la na página da Natura no Bastter.com, que eu acredito muito na empresa e acho normal este sofrimento com os problemas econômicos do país. A empresa é muito boa operacionalmente e está fazendo a lição de casa. Em geral, os comentários lá na Bastter.com são que a empresa está péssima, o que não acredito que seja verdade. 

Veja abaixo a rentabilidade da carteira mensal e acumulada em 2016 comparada com o Ibovespa: 

Conclusão

A performance da carteira foi bem sofrível se comparada ao índice, algo que eu já havia previsto, considerando que a carteira aparenta ter um beta menor que 1. Este movimento deixou o índice com uma vantagem de 3 p.p. sobre a carteira apenas no acumulado destes 2 meses.

A rentabilidade da carteira foi fortemente impactada pelo péssimo desempenho de 3 das empresas com maior peso, portanto não haveria possibilidade da carteira ir bem. Não acredito que existam fundamentos que justifiquem estas quedas, portanto seguimos o plano.

Abraços!

Importante:

Este material tem propósito meramente informativo. Não consiste em recomendação financeira ou estratégica para investimentos. Para saber mais sobre as opções de investimento e receber recomendações, procure uma instituição financeira com profissionais habilitados.