Após a publicação na semana passada do Raio-X
de 2016, em que tratei da performance do patrimônio, do capital e da
carteira de ações com respeito às metas estabelecidas para aquele ano, chegou a
hora de compartilhar com vocês as novas metas para 2017.
Acho importante ter as metas escritas, assim você pode recorrer a elas no momento de avaliação, buscando entender o que deu certo e o que deu errado, bem como tentar entender o que se passava pela sua cabeça na época em que as metas foram estabelecidas.
Patrimônio
1.1) Crescimento do Patrimônio: 18%
O crescimento do patrimônio deve continuar nos patamares próximos aos dos anos anteriores, assumindo que sejam mantidos os mesmos patamares de renda familiar.
1.2) Proporção Imóveis x Capital: Capital > 48% do total de patrimônio
Esta proporção deve ser favorável
para capital (atualmente capital está em cerca de 43% do patrimônio total),
pois os imóveis foram quitados e não pretendo ter grandes desembolsos de
capital neste ano em imóveis.
Investimentos
2.1) Crescimento do Capital: 50%
Mantidas as condições de renda,
existe uma tendência para manutenção do forte crescimento do capital, nos
níveis dos anos anteriores.
Os aportes serão balanceados entre
RV, RF e US$, portanto não deve haver grande modificação na proporção destes
ativos. A performance do mercado também vai influenciar esta proporção ao final
do ano.
Investimentos em Renda Variável
Investimentos em Renda Variável
O objetivo de rentabilidade no longo
prazo é de 4% a.a. real, portanto acima da inflação. Devido ao baixo rendimento
nestes primeiros anos, é pouco provável acabar com o gap existente ao final
deste ano. O objetivo principal é diminuir este gap com relação à meta, mas
tudo vai depender do resultado do mercado financeiro como um todo para um ano
bem complexo. Desta maneira estabeleci alguns objetivos para acompanhamento:
3.1) Ganhar do Ibovespa no ano em qualquer circunstância (alta ou baixa)
3.2) Atingir 4% a.a. de rentabilidade real para o ano (considerando somente ano 2017)
3.3) Alcançar IPCA na rentabilidade histórica
3.1) Ganhar do Ibovespa no ano em qualquer circunstância (alta ou baixa)
3.2) Atingir 4% a.a. de rentabilidade real para o ano (considerando somente ano 2017)
3.3) Alcançar IPCA na rentabilidade histórica
Abraços
Importante:
Este material tem propósito meramente informativo e educativo. Não consiste em recomendação financeira ou estratégica para investimentos. Para saber mais sobre as opções de investimento e receber recomendações, procure uma instituição financeira com profissionais habilitados.
EI, essa meta sua de aumento de patrimônio está palpável, acredito que tem tudo para conseguir.
ResponderExcluirFiz as contas aqui e vi que 18% pra mim é alcançável também. O problema sempre são os imprevistos rsrs
Abraço
MP,
ExcluirSim, no meu caso, como o patrimônio já está bem grande (com 4 imóveis) e estes eu não reajusto quando avalio o patrimônio, todo o crescimento deve vir do capital, seja por aportes ou pela rentabilidade.
Imprevistos realmente podem complicar, nos resta tentar nos preparar para minimizar os impactos destes.
Te desejo sucesso nas suas metas para o ano.
Abraços
Planejamento feito, agora é focar nos aportes, EI.
ResponderExcluirO resto é com o mercado.
Abraço!
É isso aí LDL, foco nos aportes. O pessoal fica muito focado na rentabilidade e não dá atenção ao crescimento dos aportes. À partir do momento que você tem um grande patrimônio, rentabilidade pode ser importante (ou não, rs, afinal já tem um grande patrimônio), mas em praticamente todas as situações o que vale mesmo é o tamanho do aporte e isso eu tenho cuidado bem.
ExcluirAbraços
Não leva a mal, mas isso não é meta. Veja bem:
ResponderExcluir1.1) Crescimento do Patrimônio: 18% - "assumindo que sejam mantidos os mesmos patamares de renda familiar". Ou seja, a ideia é: se nada mudar, vamos fazer igual ano passado.
1.2) Proporção Imóveis x Capital: Capital > 48% do total de patrimônio - Uma realocaçãozinha básica feita com novos aportes. Nada complexo.
2.1) Crescimento do Capital: 50% - "Mantidas as condições de renda". Ou seja, a ideia é: se nada mudar, vamos fazer igual ano passado.
3.1) Ganhar do Ibovespa no ano em qualquer circunstância (alta ou baixa)
3.2) Atingir 4% a.a. de rentabilidade real para o ano (considerando somente ano 2017)
3.3) Alcançar IPCA na rentabilidade histórica
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Ou seja, vamos torcer pro mercado me ajudar. Não tem nada que vc possa fazer aqui.
Então, basicamente, suas metas são 1) Continuar aportando forte; 2) Torcer pras forças aleatórias do mercado serem favoráveis à vc; 3) Fazer uma ou outra alocação percentual.
Pra um cara que já é bastante disciplinado como vc, essas metas não servem pra nada (a meu ver). Vc já tem um ótimo controle e faz um acompanhamento periódico da sua carteira. Se for pra resumir as metas em "continuar aportando e torcer pro mercado", é melhor nem fazer meta.
Abraço!!
Anonimo, sem olhar os valores, realmente pode parecer que as metas seja superficiais ou até mesmo conservadoras, mas não é bem assim.
Excluir1.1) O crescimento do patrimônio é algo que tenho conseguido manter a estas taxas a custo de um enorme esforço (meu e de minha esposa) para manter ou aumentar a renda. Minha esposa é profissional liberal e eu sou remunerado em grande parte com uma parcela variável atrelada ao atingimento de metas pessoais. Este crescimento só é possível se tudo der certo, mais uma vez. Particularmente este ano, e neste periodo que ainda sofremos as consequencias da crise econômica, a meta de crescimento do patrimônio em 18% é bem agressiva. lembro que cerca de 50% do patrimônio está alocada em imoveis e negócios e estes não são reajustados pela inflação na minha avaliação anual (são mantidos os preços de compra), portanto crescer 18% no total exige aportes muito fortes, mantidos, repito, a custo de muito esforço pessoal.
1.2 e 2.1 estão conectados. O problema aqui é manter o crescimento do capital acima de 50%. O capital atualmente se encontra em patamares elevados (equivalente a parcela em imóvels que contempla um apartamento grande e 3 salas comerciais). Honestamente não tenho certeza se consigo meu capital em 50% novamente este ano, portanto está bem agressivo.
As metas 3.2 e 3.3 realmente dependem em partes da performance do mercado. A 3.1 de certa maneira depende mais da minha capacidade de manter uma carteira com as empresas "certas" para ganhar do Ibovespa. Não dá pra prever o que vai acontecer com RV mas o plano é seguir aportando.
Como eu disse no post, o objetivo de documentar as metas é principalmente poder estabelecer um baseline baseado no meu pensamento de hoje e com as notícias e espectativas de hoje. Após o final do ano, posso ver se o que eu pensava hoje se concretizou ou não.
Respeito sua opinião por achar que não servem para nada, mas discordo, justamente pelo efeito da comparação ao final do ano baseado num baseline. "Continuar aportando e torcer para o mercado" não são baseline para nada, mas apenas um plano bem genérico.
Além disso, tenho metas estabelecidas para atingimento da Independência Financeira em um determinado tempo e estas estão totalmente dependentes de uma performance consistente baseada no atingimento de metas anuais. Uma vez que alguma das metas anuais não seja atendida, coloca em risco o plano de independência financeira que precisa ser revisto anualmente.
Se fosse uma empresa, estas metas poderiam ser entendidas como "guidance" e os resultados consistentes como "previsibilidade".
Honestamente acredito que seu comentário não levou em consideração estes fatores que realmente não estão explicitos no post.
Abraços
Anon 12:37 você chama o cara de disciplinado e reclama que ele estabeleceu metas mensuráveis.
ExcluirPRA PENSAR: será que a disciplina dele não é decorrente do fato de estabelecer metas? Se não estabelecesse metas será que poderia ser chamado de disciplinado?
paradoxal como tostines
[]s
ANÔNIMO
Excluir17 de fevereiro de 2017 13:30
Sou o 12:37
Não, não reclamei. Ele é um cara bem disciplinado, assim como eu tb sou. Mas minhas "metas" se resumem a aportar o máximo q eu conseguir. O q der, deu. Se não der, não deu.
Não tem nada, necessariamente, a ver disciplina com metas. Uma não implica na outra. O cara pode ser disciplinado e não buscar metas. O cara pode buscar metas e não ser disciplinado. Ele pode atingir as metas por disciplina, por puro acaso, ou por ter fixado metas fáceis de serem atingidas.
O fato de fixar metas pode ajudar a ser disciplinado. Mas não existe relação necessária de causa e consequência em nenhum dos dois lados. Ser disciplinado não causa metas. E ter metas não causa ser disciplinado.
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EI,
1.1) Agora eu consigo entender. Hora nenhuma eu imaginei q não tinha esforço de vcs dois (longe de mim, não estou aqui como hater tetinha). Acompanho o blog há tempo, por isso sei q vcs são muito disciplinados e mantém uma estrutura de gastos bem definida e dividida entre os dois. E tb entendo, claro, que 18% de aumento ao final deste ano é mais difícil que no ano passado (o percentual é o mesmo, mas os valores absolutos serão maiores)
Mas o q acontece se algo fora do planejamento acontecer? E se o mercado cair? E se vc perder o emprego? E se sua esposa ficar doente um bom tempo?
Nesse caso, no próximo post de verificação de cumprimento das metas vamos ler: Não cumprido. Não cumprido. Não cumprido. E aí?
Veja bem, eu quero entender mesmo. De coração. Eu não coloco metas porque ainda não estou convencido de tê-las. Não estou advogando a favor do meu ponto de vista. Mas quero compreender o seu.
Abraço!
Anonimo, primeiramente obrigado pelos cordiais comentários e fico feliz que acompanhe este pobre espaço há algum tempo.
ExcluirSobre 1.1 é isso, desafiador, mas se eu conseguir estarei muito feliz ao final do ano, pelo menos no aspecto da acumulação de patrimônio.
Veja, sua dúvida é interessante, pois as metas, na minha opinião, servem de parâmetro justamente para você avaliar o que deu certo e errado e poder corrigir a rota. Se algo deu errado, por exemplo, eu ter perdido o emprego, provavelmente algumas das metas não sejam cumpridas, mas vai existir uma justificativa bastante plausível. Nada impede também que ao perder o emprego eu sente para verificar se as metas continuam factíveis e se posso fazer algo para que elas ainda sejam cumpridas. Já no ano seguinte, as novas metas terão que levar em consideração o novo cenário.
Se por acaso acontecer de algumas ou nenhuma das metas ser cumprida, vale justamente o momento de reflexão para entender o que poderia ser feito de diferente, se as metas eras factíveis no momento que foram estabelecidas ou se há algo que possa ser feito para que o fracasso não aconteça novamente. Posso não cumprir uma meta de crescimento de patrimônio por diminuição da renda ou por aumento dos gastos. Se for pelo segundo, certamente terei que avaliar onde errei para corrigir (o erro pode ter sido não prever algum gasto que poderia ser previsto).
Meu entendimento é que o estabelecimento de metas serve justamente para isso, como parâmetro de algo que você perseguirá. O mesmo acontece com as empresas, se você for a Grendene, não dá para estabelecer apenas que vai continuar fabricando e vendendo sandálias e chinelos o máximo que puder. Tem que estabelecer metas mensuráveis justamente para avaliar o resultado ao longo do tempo ou no final do período. Existem maneiras mais complexas de acompanhamento, como indicadores (KPIs) ou metas parciais, mas aí já acho que chega num nível de detalhes desnecessário para investimentos pessoais.
Leia sobre metas SMART e vai ver critérios para estabelecer metas.
Existe um ditado "qualquer caminho serve para quem não sabe onde quer chegar"
Como eu disse, as metas anuais que estabeleço são como metas parciais para uma meta maior que é a independência financeira em, digamos, 10 anos. Se as anuais começam a falhar, terei que repensar o que fazer para alcançar meus objetivos futuros, mas isso não significa que vou me matar por não ter conseguido cumprir com alguma ou nenhuma delas.
Abraços
EI,
ResponderExcluirBoa sorte!
Abs,
Valeu Rodolfo!
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