Temos que matar este zumbi

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Governo admite que CPMF pode não ser exclusiva para Previdência - Notícias  - SESCAP-PR


No ano passado, mais precisamente há 1 ano (em 22/08/2019), eu escrevi a postagem: Paulo Guedes, que papo é este de CPMF?. Na ocasião eu relatei meu descontentamento com a falta de criatividade da nossa gloriosa equipe econômica, chefiada pelo ministro Paulo Guedes, que insistia na recriação da CPMF (com novo nome, sic), como a solução para a desoneração da folha de pagamento.

Acontece que esta ideia que aparentemente havia sido abandonada em 2019, voltou a tona e está sendo encampada novamente pelo Min. Paulo Guedes, agora com o pretexto de ser a salvação da economia e do emprego no pós-pandemia. Com todo o respeito ministro: - puta que pariu, esquece esta porra de imposto ridículo! 

Na minha postagem anterior, eu deixei minha opinião do porquê entendia que não deveríamos seguir com esta aberração. Desde a falsa narrativa que vão ser criados empregos até a verificação que pouquíssimas nações utilizam tal imposto. Só para recordar, dentre as nações ricas e tão admiradas por nossos governantes, NENHUMA tem um imposto desta natureza!

Quero deixar claro que não sou economista e muito menos estudioso de políticas fiscais e tributárias, mas está tão na cara que é uma invenção com grande chance de ser usada para aumentar a arrecadação de forma injusta (no consumo, afetando pobres e ricos) sem as devidas compensações, que a minha opinião não muda em nada com relação a postagem do ano passado. Portanto sou TOTALMENTE CONTRA este novo imposto que está sendo proposto.

O Brasil precisa de políticos e economistas que pensem um país moderno, com políticas tributárias e fiscais modernas, sem recorrer a propostas mirabolantes. Tenho certeza que já temos histórico suficiente no mundo para saber o que funciona e o que não funciona em termos de políticas tributárias.

Aliás, o governo poderia começar pensando em ajustes tributários de situações gritantes, como por exemplo: 

- IOF de 6,38% para compras no cartão de crédito no exterior. Considero esta tributação uma aberração e honestamente não vejo outro fim efetivo que não seja o arrecadatório.

- Uso abusivo da política de isenção de impostos para aquisição de veículos para portador de deficiência (PCD). Entenda, não sou contra a concessão de isenção para PCD, muito pelo contrário, mas hoje o uso é abusivo, a ponto de 8% dos veículos vendidos serem com esta isenção. Eu mesmo conheço muitas pessoas que legalmente (considerando que a lei é permissiva) compram o veículo com esta vantagem. Na minha opinião poderia ser criada uma legislação mais restritiva para obter a isenção (somente para quem precisa mesmo), e com isso diminuir a tributação para todo o restante. O que acontece hoje é que quem não tem o direito acaba pagando um imposto maior para cobrir as isenções ou então não compra carro zero km por considerar injusta a tributação atual. (eu teria direito a isenção por ter hernia de disco, mas não acho ético utilizar deste subterfúgio por me considerar uma pessoa com saúde privilegiada, considerando a média da população, desta forma faz 4 anos que quero troca de carro mas não estou disposto a pagar tantos impostos).

- Atualização da tabela de alíquotas do IRPF: Historicamente a tabela do IR não é reajustada o que na prática significa aumento de impostos.

Se este governo fosse realmente liberal, tomaria decisões em pról de políticas econômicas liberais, começando por remover as aberrações existentes e não pensar em criar outras.


Esta ideia de CPMF é um ZUMBI que temos que eliminar direito para nunca mais voltar!!!


Fonte da imagem: https://www.feebpr.org.br/noticia/nova-cpmf-vai-substituir-impostos-sobre-folha


2 comentários

  1. IOF a 6,38% foi reflexo do fim da CPMF. O Governo não perdeu arrecadação à época porque encareceu o crédito no seu lugar.

    Abraço!

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    Respostas
    1. Olá LDL, bom vê-lo por aqui.
      Governos são todos iguais, sempre dão com uma mão e tiram com a outra. Estes 6,38% são absurdos, não acabar com isso é ridículo!
      Abraços

      Excluir

 

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